Inteligência Artificial: criamos algo que está nos mudando rapidamente

Inteligência Artificial: criamos algo que está nos mudando rapidamente

Um novo tempo, uma nova era e novas formas de se relacionar em sociedade. A Escola de Direito da PUC-PR foi palco para a palestra híbrida “IA&EU:  quando a singularidade acontece”. O evento trouxe de Portugal o engenheiro Roberto Menna Barreto. Em seu depoimento, ele contou que “nós é que estamos chegando na Inteligência Artificial e isso faz com que mudemos nossa forma de existir”. O encontro contou com os debatedores Prof. Dr. Rui Silva, Universidade de Beja – Portugal – especialista internacional em cibersegurança, e Professora. Dra. Cinthia O. A. Freitas – Professora titular da PUC-PR. Sua realização contou com organização, patrocínio e apoio de APEE, Mútua-PR, PUC-PR – Escola de Direito, IEP, Senge-PR e CREA-PR.

Na exposição, Menna Barreto comentou que a palestra surgiu porque um amigo de Portugal, que é expoente em Cibersegurança e inteligência artificial, estava organizando um seminário e “eu lhe disse que tudo que se faz é fora do ponto crucial. A partir daí escrevi o livro. A ideia do seminário é discutir o que está a nossa frente e estamos ausentes, crendo que está tudo normal.

“Estamos no meio de um turbilhão que nunca foi vivido na história da humanidade”, alertou o palestrante.

Aos participantes, ele disse que as pessoas pensam que a inteligência artificial é algo novo que entra em nosso cotidiano. Mas a realidade é contrária a isso. “Nós é que estamos chegando na Inteligência Artificial e isso faz com que mudemos nossa forma de existir. A mudança é crítica. Podemos desaparecer como seres humanos ou nos iluminarmos coletivamente com essa mudança. Quando isso vai acontecer? Não sabemos”, refletiu Menna Barreto.

Diante disso, a palestra tratou sobre “o que é o ser humano, como ele surgiu no planeta, há 170 mil anos, e quando adquiriu a capacidade da reflexão”. Segundo Menna Barreto, o  fato é que a humanidade tem mudado sua lógica de pensar em diferentes culturas.

“Por outro lado, estamos vivendo o final da modernidade. Com o advento da física quântica, vimos que deixamos muita coisa para trás. A partir daí, a modernidade passa a implorar a “vida eterna”. Os movimentos estão buscando um lado do ser humano que seja vivo”, apontou.

Para os debatedores, a Inteligência Artificial precisa ser normatizada para ser normalizada.

IA & segurança e direito

Para o Prof. Dr. Rui Silva, Universidade de Beja – Portugal – especialista internacional em cibersegurança, é necessário debater a Inteligência Artificial em nível nacional, abordando a segurança do país, nos aspectos da tecnologia e do direito. Por outro lado, para ele, realmente é fundamental observar a IA no âmbito da evolução da humanidade.

“As tecnologias sempre foram consideradas recursos. Elas obedecem aos nossos comandos. A Inteligência Artificial muda a forma de nos relacionarmos. Em especial com o ChatGPT. Ele, por exemplo, tem a capacidade de falar conosco, de escrever poesia, de fazer pinturas”, comenta demonstrando a dimensão das mudanças.

Na sua intervenção, a Professora. Dra. Cinthia O. A. Freitas – Professora titular da PUC-PR – falou do papel do direito em todo esse cenário. Ela abordou as transformações das múltiplas sociedades. “Nós vivemos a sociedade do controle, da vigilância e do cansaço”, expôs, complementando, “a gente sabe da vida de todos, acompanha a vida, mesmo que não esteja convivendo com essa pessoa, por meio das redes sociais”.

A professora ainda observou que estamos fornecendo nossos dados “até na farmácia” e essas informações estão sendo utilizadas e processadas em bancos de dados, “inclusive para configuração de perfis. Estamos todos sendo encontrados em categorias, gostos. Até dentro do seu condomínio, você é acompanhado quando entra, sai, se locomove. Vivemos na sociedade dos algoritmos. E para chegar nessa sociedade, a Inteligência Artificial nos categoriza”, comentou. Para ela, o direito é fundamental para impor limites e definir normas.

Participantes querem montar grupos de debate sobre as mudanças que a Inteligência Artificial promove

Encontro contou com receptividade do público

A palestra foi bem aceita para o público. Omar Sabbag, que participou virtualmente, agradeceu aos professores e parabenizou à AEEP e à PUC-PR pelo instigante evento. Ele falou de sua árvore genealógica e da expectativa para as próximas gerações.

“Como posso cooperar com o meu neto de 10 anos para que o seu deca-neto, mesmo que não saiba quem foi o seu daca-avô, possa agradecer a esta geração em que estamos, e que o despertou e preparou para viver no século 26 com a qualidade de vida daqueles novos e inimagináveis tempos?”, refletiu Sabbag.

Já o Eng. Químico Demian Pacheco informou que está organizando um grupo de discussão na UFPR no qual a Governança e Alinhamento da IA é um dos temas principais. “Gostaria de conhecer mais pessoas interessadas no tema”, incentivou.

 O LIVRO

Autor do livro IA & EU – quando a singularidade acontece. A obra trata, exclusivamente, do EU, do que nos diz respeito quando da chegada da Inteligência Artificial – IA.

O texto oferece uma visão profunda sobre a evolução humana, a singularidade tecnológica e a necessidade de uma abordagem mais abrangente para lidar com os desafios futuros”.

O Livro IA & EU – quando a singularidade acontece, que se recomenda impresso em papel (ele foi escrito para isto), pode ser adquirido diretamente online nos seguintes websites:

Brasil

www.LivrariaIpedasLetras.com

Portugal

www.AtlanticBookShop.pt

Também disponível no formato Kindle.

 

 

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